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quinta-feira, 24 de julho de 2025

Os Mensageiros - Capítulo 5 – “Ouvindo Instruções”

por Celso Arruda - Jornalista MBA


Resumo do Capítulo 5 – “Ouvindo Instruções”


No início do capítulo, André Luiz, Vicente e outros companheiros participam de uma reunião preparatória com o instrutor Aniceto no Centro de Mensageiros.

Ali, os servidores espirituais recebem orientações e esclarecimentos sobre os critérios que norteiam as missões de auxílio aos encarnados.


Aniceto explica que nem todos os pedidos de socorro vindos da Terra podem ser atendidos de imediato. Os socorros são priorizados conforme o merecimento, a sintonia vibratória e o propósito sincero de regeneração dos encarnados. Isso surpreende André Luiz, que acreditava que todos os apelos deveriam ser acolhidos igualmente.


Aniceto esclarece: há muitos que clamam por ajuda apenas com palavras, mas não estão dispostos a mudar de atitude interior, mantendo-se presos ao egoísmo, à vaidade ou à ociosidade.


A conversa se aprofunda no entendimento de que a lei divina é justa e equitativa, e que o socorro espiritual, para ser eficaz, requer cooperação ativa da pessoa que sofre, e não uma expectativa passiva de milagres.


Ao final, os aprendizes compreendem que o auxílio espiritual é inteligente, justo e educativo – jamais uma intervenção arbitrária ou “premiada”.



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🤔 Reflexão Filosófica no Contexto do Espiritismo


Este capítulo nos convida a repensar profundamente a ideia de "ajuda" e "merecimento" na visão espiritual. No contexto da Doutrina Espírita, o livre-arbítrio e a responsabilidade pessoal são princípios sagrados.


O universo não age por favoritismo, mas por lei de afinidade e mérito moral.

Assim, o sofrimento por si só não gera mérito – é a forma como o espírito reage, aprende e transforma-se através da dor que determina sua elevação.


Muitos querem ser ajudados, mas sem esforço de mudança. Essa expectativa mágica é incompatível com a lei de evolução espiritual. O Espiritismo nos mostra que a espiritualidade superior respeita o tempo de cada alma, mas não alimenta ilusões. A ajuda vem, sim — mas junto com o convite à reforma íntima.


A fala de Aniceto também revela o papel dos Espíritos superiores como educadores, e não como "socorristas automáticos". Eles ajudam sim, mas apenas quando há disposição sincera do outro lado para melhorar-se.


Assim, o verdadeiro ensinamento filosófico deste capítulo é:


> 🔹 "A espiritualidade não substitui nossa parte — ela caminha ao nosso lado, mas não dá passos por nós."


segunda-feira, 30 de junho de 2025

Fogo do Amor - Celso Arruda

 


Título: “Fogo de Amor”

Letra: Celso Arruda


Andamento & Tom sugeridos: 4/4 — ♩ = 78 bpm • Tom de D (Ré maior)

(A marcação é opcional; adapte ao estilo da sua comunidade.)

Introdução instrumental


(D  –  G/D  –  D  –  A/C#  –  Bm – A – G – A)



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Verso 1


D                       G

Vem do alto, doce brisa,

Bm                     A

sussurrando a Tua paz.

D                       G

Move as águas deste templo,

Bm             A         D

faz brotar o amor que satisfaz.


Pré-Refrão


Em                            A

Corações sedentos se erguem,

F#m                        Bm

clamam por Teu fogo, ó Senhor.

Em                     A

Prepara-nos para a chama

G                 A

que aviva o Teu louvor.


Refrão


D             A/C#


Vem, Espírito Santo,

Bm             G

enche este lugar de ardor!

D/F#       Em

Sopra sobre os ossos secos,

A             D

faz renascer novo fervor.

D            A/C#

Vem, Espírito Santo,

Bm         G

derramar Teu santo céu;

D/F#        Em

derrama graças sem medidas,

A             D

teu fogo de amor é o mel.



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Verso 2


D                       G

Teu suspiro é luz que guia,

Bm                    A

rompe as trevas, traz clarão.

D                      G

É consolo dos aflitos,

Bm            A         D

força viva da missão.


(Repete Pré-Refrão + Refrão)



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Ponte


F#m              Bm

Sela-nos com Tua unção,

G             D/F#

marca-nos com Tua cruz.

F#m              Bm

Seja em nós Tua morada,

G             A

refletindo a luz de Jesus!


(Refrão x 2 — na segunda vez, suba 1 tom para E se desejar intensificar.)



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Final/Tag


D        A/C#


Fogo de amor,

Bm          G

cura e poder;

D/F#     Em

fica conosco,

A          D

até renascer!


(Termine suavemente em D ou mantenha um vamp instrumental para oração espontânea.)


Os Mensageiros Capítulo 1 – “Renovação”

 

Capítulo 1 – “Renovação”


O capítulo inicia com André Luiz retornando à colônia espiritual Nosso Lar, após um período de estudo e trabalho em planos mais densos. Ele relata que, mesmo com avanços, ainda se sente humilde diante da vastidão do conhecimento espiritual.


Durante seu retorno, André é recebido por Lysias, que percebe sua transformação. André demonstra mais maturidade, reconhece seus erros passados com mais clareza e sente-se preparado para novas missões no auxílio aos encarnados na Terra.


A principal mensagem do capítulo gira em torno da importância da renovação interior como base para o progresso espiritual. André se dispõe a continuar aprendendo e servindo, não por orgulho, mas por consciência e dever. Sua humildade reflete o resultado do esforço pessoal em se reeducar moral e espiritualmente.



🤔 Reflexão Filosófica:  “Renovação como Caminho”


O título do capítulo — Renovação — já carrega um dos pilares mais profundos da filosofia espírita: a transformação interior como instrumento de libertação da alma.


No Espiritismo, não há salvação automática, não há castigos eternos. O que existe é o aperfeiçoamento contínuo, através do autoconhecimento, da humildade e do serviço ao próximo. O exemplo de André Luiz mostra que ninguém é perfeito, mas todos podem melhorar. Seu retorno a “Nosso Lar” representa, simbolicamente, o retorno de qualquer alma que desperta e escolhe trilhar o caminho da luz, da responsabilidade e do amor.


Esse despertar, porém, exige coragem para enfrentar os próprios erros e humildade para recomeçar. É nesse ponto que a filosofia espírita se distancia da culpa paralisante: ela propõe a culpa consciente, seguida do trabalho regenerador.


André, como um símbolo do espírito em crescimento, nos mostra que o verdadeiro progresso começa na decisão de servir — não como um fardo, mas como forma de reintegrar-se ao fluxo divino da Criação.


Música: "Renovação"

(*Letra inspirada no Capítulo 1 – Os Mensageiros)

Letra: Celso de Arruda (inspirada em Francisco Cândido Xavier / Espírito André Luiz)



[Verso 1]

Voltei do silêncio da sombra e do véu,

Tocado por brisas do amor que é do céu.

O tempo me molda, a dor me ensinou,

Na escola da vida, o espírito despertou.


Rostos amigos me acolhem na luz,

Com gestos serenos que o bem traduz.

Não sou o mesmo que um dia caiu,

Agora eu compreendo: só cresce quem serviu.



[Pré-refrão]

Não basta chorar, é preciso agir,

Olhar pra si mesmo, seguir e expandir.

O ontem foi lama, o agora é lição,

Caminho em silêncio, busco a renovação.



[Refrão]

Renovar é morrer pro que não convém,

É plantar o bem, mesmo quando não vem.

É ouvir a verdade que vem do interior,

É servir ao mundo com fé e com amor.



[Verso 2]

Lysias sorri, me estende a mão,

E vejo que a luz nasce da intenção.

Não há milagre sem esforço ou dor,

A alma desperta quando aceita o amor.



[Ponte]

Fui pó, fui orgulho, fui medo e rancor,

Agora sou alma buscando o labor.

Meus passos são novos, meu rumo é servir,

No chão da humildade, escolhi prosseguir.



[Refrão – Final]

Renovar é amar sem pedir perdão,

É curar o outro com o próprio coração.

Se o ontem foi queda, o hoje é missão,

E a luz que me guia é a renovação.


terça-feira, 24 de junho de 2025

Dia de São João

por Celso Arruda - Jornalista - MBA



Dia de São João: Fé, Festa e Tradição no Coração do Brasil 🎇

Um mergulho na história, cultura e celebração do santo mais festivo do calendário cristão

No dia 24 de junho, o Brasil inteiro se ilumina com fogueiras, bandeirinhas, danças e muita alegria para celebrar o Dia de São João Batista — um dos santos mais venerados do cristianismo e figura central das tradicionais Festas Juninas. Mais do que um evento folclórico, o Dia de São João é um marco de religiosidade, identidade cultural e celebração da vida no campo.


📜 A História de São João Batista

São João Batista é considerado o precursor de Jesus Cristo, aquele que anunciou sua vinda e o batizou no rio Jordão. Segundo os evangelhos, João nasceu de um milagre: sua mãe, Isabel, já idosa e estéril, concebeu após uma mensagem divina recebida por seu marido, Zacarias.

O nascimento de João foi celebrado com júbilo por todos, e, por isso, a data de 24 de junho — três meses após a Anunciação e seis antes do Natal — foi escolhida pela Igreja para marcar esse acontecimento.

João viveu no deserto, pregando arrependimento e batizando aqueles que se voltavam para Deus. Foi uma voz profética, austera e corajosa, que confrontou as autoridades de sua época e acabou sendo decapitado por ordem de Herodes.


🎊 As Festas Juninas e o Dia de São João no Brasil

As Festas Juninas foram trazidas para o Brasil pelos portugueses, ainda no período colonial. O costume europeu de comemorar os santos do mês de junho (Santo Antônio, São João e São Pedro) se mesclou com tradições indígenas e africanas, ganhando um estilo totalmente brasileiro.

Entre os santos, São João é o mais celebrado. As festas em sua homenagem são coloridas, animadas e carregadas de símbolos:

  • Fogueiras: simbolizam o aviso que Isabel deu a Maria sobre o nascimento de João, por meio de uma fogueira acesa no alto do monte.
  • Quadrilha: dança inspirada nos bailes europeus do século XIX, com toques de humor e encenação do casamento caipira.
  • Comidas típicas: feitas à base de milho, como canjica, pamonha, bolo de fubá e curau, são uma homenagem às colheitas de junho.
  • Balões, bandeirinhas e trajes caipiras: enfeitam as festas e remetem à vida rural e ao espírito comunitário.


⛪ O lado religioso e espiritual

Embora a festa tenha ganhado traços populares e profanos, o Dia de São João mantém uma forte carga religiosa. Missas, novenas e procissões são realizadas em várias cidades do Brasil. Em algumas regiões, como o Nordeste, a fé e a festa caminham juntas de forma indissociável.

São João é considerado protetor da colheita, dos agricultores, e também padroeiro dos festeiros, pois sua história nos convida à humildade, à alegria e ao compromisso com a verdade.


🌽 Celebração da cultura brasileira

O Dia de São João é também uma grande celebração da identidade cultural brasileira. As festas juninas são um dos maiores eventos do calendário nacional, movimentando o turismo, a economia local, o artesanato, a música e a culinária.

Em cidades como Campina Grande (PB) e Caruaru (PE), o São João é tão grandioso que chega a durar o mês inteiro, sendo chamado de “O Maior São João do Mundo”.


🎶 Viva São João!

No dia 24 de junho, quando você ouvir um forró, ver uma fogueira acesa e sentir o cheiro de milho cozido no ar, lembre-se de que está celebrando não apenas um santo, mas toda uma herança cultural que une fé, festa e tradição.

Viva São João! Viva o povo brasileiro!



Música: Viva São João

(Ritmo: Forró / Quadrilha tradicional)

Letra por: Celso de Arruda


[Intro - sanfona alegre]

Êta festa boa, sinhá!

Pula fogueira, meu povo!


[Verso 1]

Hoje é noite de alegria,

Tem bandeirinha e balão,

Tem fogueira no terreiro,

É o dia de São João!


[Verso 2]

Tem canjica e tem pamonha,

Milho assado no carvão,

Tem quadrilha e casamento,

Tem forró no coração!


[Refrão]

Viva São João, viva o nosso chão!

Festa de fé, de amor e tradição!

Pula a fogueira, segura a mão!

Bate o pé no terreiro e sacode o chão!


[Verso 3]

João Batista lá do céu,

Fez a festa começar,

Isabel acendeu a fogueira,

Pra Maria avisar!


[Verso 4]

No sertão ou na cidade,

Todo mundo quer dançar,

Com sanfona, zabumba e triângulo,

Essa festa vai durar!


[Refrão – repetir e finalizar com coro animado]

Viva São João, viva o nosso chão!

Festa de fé, de amor e tradição!

Pula a fogueira, segura a mão!

Bate o pé no terreiro e sacode o chão!



 [Final – com coro]

Ê São João, meu padroeiro,

Acende o céu com seu clarão,

Viva o povo brasileiro,

E viva o nosso São João!



terça-feira, 17 de junho de 2025

O Bem Revigora

 por Celso de Arruda - Jornalista - MBA



Por Celso de Arruda

Às vezes, confesso, sinto o peso das dificuldades e a vontade de parar. Parece que, quanto mais tento fazer o bem, mais pedras aparecem no caminho. Já me questionei tantas vezes: “Será que vale a pena?” E então me recordo das palavras de Paulo: "E não nos cansemos de fazer o bem, porque a seu tempo ceifaremos, se não houvermos desfalecido." (Gálatas 6:9)

Essa mensagem, tão simples e profunda, me lembra que o bem é como uma semente silenciosa — muitas vezes invisível aos olhos apressados, mas que floresce no tempo certo, se for regada com perseverança.

O mal, com sua pressa e aparência sedutora, nos desgasta. Ele nos convida ao desânimo, ao egoísmo, ao abandono dos nossos propósitos mais nobres. Já o bem, mesmo exigindo esforço, fé e renúncia, revigora a alma. Ele nos reconecta com Deus, com o próximo e conosco mesmos.

Aprendi, ao longo da jornada, que quem ama verdadeiramente em Cristo não se deixa abater pela ingratidão, pela falta de retorno ou pela dor que, por vezes, vem junto com o ato de servir. O amor não cansa. Ele se renova na esperança.

Muitos desistem diante dos pequenos espinhos: uma crítica injusta, um gesto não retribuído, uma prece aparentemente não atendida. Mas o bem não é troca — é oferta. Não é moeda — é semente. Não se planta para ver o resultado imediato, mas porque é da natureza da alma generosa doar-se.

Cada vez que penso em parar, lembro que o desânimo é mais do que uma emoção: é uma perda de oportunidade. O desânimo fecha portas que o amor poderia abrir. Ele nos rouba a chance de sermos instrumentos de luz no mundo.

Por isso, hoje, escrevo para lembrar a mim mesmo — e a você — que o bem sempre vale a pena. Que ele não enfraquece, mas fortalece. Que mesmo quando parece não fazer diferença, ele está operando silenciosamente em algum lugar, dentro ou fora de nós.

Não desanime. Não pare. O bem não apenas revigora… ele salva.



MUSICA: 

O Bem Revigora - Letra por Celso de Arruda

[Verso 1]
Às vezes me sinto cansado demais
Carrego perguntas, silêncio e sinais
Será que o amor ainda faz diferença?
No meio da dor, mantenho a esperança

[Verso 2]
Aprendi que o bem é semente e missão
Não busca aplausos, nem aprovação
Mesmo que doa, mesmo sem cor
O bem floresce no tempo do Senhor

[Refrão]
O bem revigora, acalma e renova
Mesmo se o mundo disser pra parar
O amor não se cansa, ele se entrega
E em Deus, aprende a recomeçar

[Verso 3]
A ingratidão não vai me deter
Nem os espinhos do amanhecer
Pois quem ama em Cristo, segue com fé
E sabe que a luz vem depois da maré

[Ponte]
Não vou desistir, nem olhar pra trás
A semente é pequena, mas a colheita é de paz
O desânimo é perda, o bem é lição
A vida é mais leve quando há compaixão

[Refrão Final]
O bem revigora, consola e sustenta
Mesmo se a estrada parecer se fechar
O amor não espera, ele se doa
E em Deus, aprende a perseverar

[Outro]
Não me cansarei de amar e servir
Pois no tempo certo, vou enfim sorrir
O bem me revigora...
O bem me faz prosseguir









segunda-feira, 9 de junho de 2025

Aquele Que Perseverar - Celso Arruda

 

"Aquele Que Perseverar"

Letra: Celso Arruda

[Verso 1]

No alto do monte, Ele falou
De tempos difíceis que o mundo enfrentou
O Templo era ouro, mas oco por dentro
Faltava verdade, faltava sentimento

As pedras caíram como Ele previu
Mas o Amor ficou e nunca partiu
Guerras e dores, a noite sem fim
Mas o Bem floresce mesmo assim


[Refrão]

Aquele que perseverar
Vai ver o sol depois do vendaval
E quem amar sem esperar
Vai ser chamado pra vida eternal

Cada gesto simples é oração
Cada “sim” ao outro é salvação
No fim dos tempos, quem vai julgar
É o Amor que sabe onde habitar 


[Verso 2]

Ele não quis templos de vaidade
Mas corações em sinceridade
Quando estive com fome — onde você estava?
Quando fui preso, quem me visitava?

A fé não é frase decorada
É pão partido, mão estendida
O fim é só recomeço, irmão
Se o Cristo habita teu coração


[Ponte]

Não temas os dias da tribulação
São dores do parto da regeneração
E se o mundo tremer, firme está quem ama
Pois é no silêncio que o Cristo nos chama...


[Refrão]
Aquele que perseverar
Vai ver o sol depois do vendaval
E quem amar sem esperar
Vai ser chamado pra vida eternal

Cada lágrima há de passar
O bem resiste e vai triunfar
O Cristo vem, vem nos buscar
Em cada irmão que soubermos amar 

quinta-feira, 5 de junho de 2025

São Bonifácio: O Apóstolo da Germânia

por Celso de Arruda - Jornalista - MBA




São Bonifácio: O Apóstolo da Germânia

No calendário litúrgico da Igreja Católica, o dia 5 de junho é dedicado à memória de São Bonifácio, um dos mais importantes missionários da história cristã. Conhecido como o "Apóstolo da Germânia", Bonifácio foi fundamental para a evangelização dos povos germânicos durante o século VIII e consolidou as bases do cristianismo na região que hoje corresponde à Alemanha.


Origem e Vocação

Bonifácio nasceu por volta do ano 675 na Inglaterra, na região de Wessex, com o nome de Winfrid (ou Wynfrith). Desde jovem, demonstrou inclinação para a vida religiosa, ingressando em um mosteiro beneditino e destacando-se como estudioso das Escrituras e da gramática latina. Sua formação sólida o levou a se tornar monge e, mais tarde, sacerdote.

Apesar de promissora carreira como acadêmico e eclesiástico na Inglaterra, Winfrid sentia-se chamado à missão. Aos 40 anos, decidiu partir rumo à Germânia, uma região ainda marcada por práticas pagãs e tribos hostis ao cristianismo.


Missão na Germânia

A missão germânica revelou-se desafiadora. Em 719, Winfrid foi a Roma e recebeu do Papa Gregório II o encorajamento necessário, além de um novo nome: Bonifácio, em referência ao “fazedor do bem”. A partir daí, passou a evangelizar sistematicamente as regiões germânicas.

Uma das ações mais simbólicas de sua missão ocorreu em Geismar, onde Bonifácio derrubou o Carvalho de Thor, uma árvore sagrada para os pagãos. O evento demonstrou o poder do Deus cristão sobre as divindades germânicas e foi um divisor de águas na conversão de muitos povos locais.

Além de converter, Bonifácio também organizou a Igreja na Germânia: fundou dioceses, estabeleceu mosteiros (como o famoso de Fulda), nomeou bispos e promoveu a disciplina eclesiástica conforme as diretrizes de Roma.




MUSICA: "Carvalho e Cruz" - Celso de Arruda

(Homenagem a São Bonifácio)

[Verso 1]

Na bruma antiga do norte escuro,
Ergue-se um servo de fé tão pura.
De Wessex parte com luz nos olhos,
A cruz nos ombros, e os céus por guias.

[Verso 2]

O nome é novo, mas o coração é velho,
Bonifácio, arauto do Evangelho.
No chão da Germânia, semeia esperança,
Com verbo firme e alma de criança.


[Refrão]

Que caiam os carvalhos de pedra e temor,
Rompendo o silêncio com o sopro do amor.
O machado da graça derruba o furor,
E ergue a cruz onde havia o terror.
Bonifácio, amigo da luz,
Apóstolo forte que leva a cruz.


[Verso 3]

Com mãos pacíficas, funda caminhos,
Ergue mosteiros, planta destinos.
Batiza almas com água e fogo,
Mostra que a fé é mais que um jogo.

[Verso 4]

Martírio não é fim, é canto eterno,
Nas margens frias, brilhou o verbo.
E mesmo tombado por mãos pagãs,
Renasce em fulgor nas manhãs cristãs.

[Refrão]

Que caiam os carvalhos de pedra e temor,
Rompendo o silêncio com o sopro do amor.
O machado da graça derruba o furor,
E ergue a cruz onde havia o terror.
Bonifácio, amigo da luz,
Apóstolo forte que leva a cruz.


[Ponte]

Roma o envia, o céu o guia,
Com fé que atravessa noite e dia.
No livro e no pão, sua missão,
De Cristo foi fiel campeão.


[Refrão Final]

Que caiam os carvalhos de pedra e temor,
Bonifácio semeia o amor.
E onde a treva ergueu sua voz,
Agora ecoa a paz de Deus em nós...